Diário de Bordo - Carol

 

10/07/2006 – Hotel-Marina – Travessia Porto Seguro-Ilhéus

Logo que acordei fiquei super feliz mesmo tendo de sair de Porto Seguro. Hoje é o aniversário do Dadi e o aniversário de sete meses de viagem. Comemoramos o aniversário dele tomando um belo café da manhã com ele e com a Denise no hotel. Antes de sair jogamos oito partidas de Zigity (ganhei 5 delas) e fomos na piscina. Partimos à uma hora e às cinco eu fui dormir.

 

11/07/2006 – Travessia – Ilhéus Iate Clube - Ilhéus

Ao acordar vi que estávamos quase chegando em Ilhéus. Chegamos adiantados no iate clube onde conhecemos o Tenente Fernandes e o Sargento Moreira. Também almoçamos lá e vimos três lindas piscinas. Fomos passear e acabamos parando no quarteirão Jorge Amado. No quarteirão vimos a casa de Jorge Amado que virou um museu sobre ele. Lá compramos o livro “Gabriela, Cravo e Canela” e voltamos ao clube onde brincamos na piscina. Voltamos ao barco onde fiz o diário e fiz três poesias com o Jonas.

 

12/07/2006 – Ilhéus Iate Clube - Ilhéus

Quando acordei tomei o café e fiz o diário. Fomos à piscina e, depois, à um lugar em Ilhéus chamado Bataclan. Este lugar é comentado no livro “Gabriela, Cravo e Canela” escrito por Jorge Amado. Lá em Ilhéus era um lugar com muito cacau e, por isso, pudemos experimentar licor de mel de cacau, geléia de cacau e chocolate 100% natural! Também vimos o quarto de uma personagem chamada Maria Machadão do livro “Gabriela, Cravo e Canela”. Depois fomos numa linda catedral e no bar Vesúvio também do livro “Gabriela, Cravo e Canela”. Compramos um berimbau e fomos à casa imensa de um coronel onde dava para colocar mais de 4 jipes dentro! Fomos à piscina e, depois, ao barco onde treinamos mais berimbau.

 

13/07/2006 – Ilhéus - Iate Clube

Acordei às 6:45 hs e comecei a pescar. Até as sete horas não consegui nada de peixe. Resolvi parar de pescar e guardar minha vara. Logo o pai e o Jonas acordaram e pude fazer o café da manhã. Tivemos de ir correndo para o Bataclan porque tínhamos marcado para ver uma peça sobre o Bataclan e sobre Ilhéus em seu tempo. Eram dois atores que encenavam a peça inteira. Um que fazia o “Coronel Horácio” (do livro de Jorge Amado “Terras Sem Fim”) e a “Rosalina” (filha da Maria Machadão) encenada por uma atriz muito boa. O show foi muito bom e nos ensinou muita coisa sobre o ciclo do cacau, sobre os coronéis e sobre esta época. Depois passamos na frente de uma pequena igrejinha onde estava havendo uma missa. Também fomos à um lindo e gigantesco convento chamado Convento e Igreja Nossa Senhora da Piedade. Lá, além de ter várias janelas com lindas pinturas de Jesus, tem um sistema que faz entrar um facho de luz dentro da igreja iluminando uma estátua de Jesus. Voltamos ao Iate Clube onde tomamos um banho de piscina. Anoiteceu e fomos ao barco. Lá fiz o diário e pegamos um peixinho no puçá, mas o jogamos na água, pois era pequeno.

 

14/07/2006 – Ilhéus - Iate Clube

Logo de manhã tomei um café e fiz o diário. No Iate Clube tivemos de pegar um guia nosso do Hélio Magalhães para, na Capitania dos Portos de Ilhéus, pedir para xerocar uma parte do guia para o Iate Clube. Depois de fazer tudo isso nós perguntamos à vários pescadores se o tempo lá fora estava bom e todos responderam que para ir para Camamu estava bom. Passeamos numa praia toda suja mas, para compensar, comemos um quibe delicioso numa barraca chamada “Quibe do Nacib”. Compramos uns pãezinhos e voltamos ao Iate Clube onde tomamos banho. Estava brincando na beira da piscina quando...tchibum, caí nela de roupa e tudo. Fomos ao barco onde troquei de roupa. Voltamos ao clube onde brincamos com uns meninos e onde jantei. Fomos ao barco e dormi.

 

15/07/2006 – Travessia Ilhéus-Camamu – Camamu

Quando eu acordei estava em pleno mar. Tinha acordado às onze da manhã, mas ainda havia muito mar pela frente. Saímos da cidade de Jorge Amado, mas estávamos chegando cada vez mais perto de Fernando de Noronha. Talvez o arquipélago mais bonito do Brasil. Estávamos chegando em Camamu e batemos nosso recorde de velocidade: 11 nós! Para ancorar em Camamu foi uma droga! Tentávamos ancorar e o cabo da âncora enroscava na quilha! Decidimos pegar uma poita de uma marina chamada Sítio Sabiá e falar com o dono. Ele se chama Juvêncio e é muito legal. O mais engraçado é que ele tem um cachorro que planta coco! Tomei banho e, ao voltar ao barco, dormi.

 

16/07/2006 – Sítio Sabiá – Praia da Mangueira

Ao acordar, tomei um ótimo café. Fizemos os diários e fomos passear pela ilha de Campinho em Camamu. Passamos em várias barracas e sempre que perguntávamos o preço de algo a pessoa para quem perguntávamos “congelava” e perguntava o preço para o dono, querendo manipular o preço. Também passamos num píer onde tem muitos peixes bons para pescar. Fomos numa linda praia onde tem vários coqueiros na beira dela. Pegamos várias conchas na praia e fomos fazer um passeio por um rio de canoa com o canoeiro Nelson. No passeio vimos vários aratus, andorinhas e uma garça azul, além do maravilhoso lugar. Depois fomos à Pousada Lótus onde conhecemos a Soninha. Ela é super simpática e para cada barco que chega em Camamu ela faz uma velinha de pano com o nome do barco bordado. Voltamos ao Sítio Sabiá onde pegamos o bote para ir ao barco. Ao chegar estudei, jantei e lemos “Velhos Marinheiros”.

 

17/07/2006 – Barra Grande – Sítio Sabiá – Praia da Mangueira

Logo que acordei, tomei café e fomos à praia da Mangueira. Fomos para lá mais cedo para poder aproveitar mais Barra Grande. Fomos de canoa para lá e vimos a beleza da praia. A praia é ma-ra-vi-lho-sa e achamos várias conchas bonitas. Paramos numa pousada chamada Pousada das Pedras onde conhecemos o Adriano (dono da pousada) e tomamos uns refrigerantes. Fomos depois à vilinha de Barra Grande. Ela é bem simples e tem barzinhos, várias casas simples, lojinhas, padaria, restaurantes e supermercado, mas tudo simples. Na volta vimos a praia com vários pescadores e todos pescaram vários peixes para suas famílias. Só um que pescou vários peixes como os outros, mais um linguado de dois quilos! Acabamos comprando o peixe e voltamos ao Sítio Sabiá, onde tomei banho. No barco fizemos o linguado no forno (ficou ótimo) e depois de comê-lo, dormi.

 

18/07/2006 – Sítio Sabiá – Cidade de Camamu

Ao acordar, tomamos um pequeno café. Tínhamos acordado às seis horas e íamos pegar uma carona com o Juvêncio, que estava com uma lanchinha. Ia ser a primeira vez que eu ia andar numa lancha. A lancha em alta velocidade era extremamente desconfortável, você vai tão rápido que não consegue aproveitar a paisagem e ainda faz várias ondas para pessoas que estão pescando de canoa. Logo chegamos em Camamu. Ela é uma cidade normal: tem padaria, lojas de pesca, produtos locais, supermercado, mas, um pouco para cima dela tem uma grande igreja e um monte de casinhas bonitas. Almoçamos num delicioso restaurante e voltamos ao barco, onde consertamos uma rachadura na retranca. Depois fomos visitar a Soninha, que nos mostrou a vela que ela fez do Fandango. Ficamos conversando até que voltamos ao barco onde fiz o diário e estudei.

 

19/07/2006 – Sítio Sabiá – Ilha do Sapinho – Ilha do Goió

Acordamos muito tarde e caprichamos no café. Só para ter uma idéia eu como dois sanduíches e o Jonas um nos dias normais. Hoje eu comi dois e o Jonas dois e meio! Preparamos o bote e, com ele, fomos à ilha do Sapinho. Lá é tão simples que vimos algumas galinhas atravessando a estrada. Conhecemos o Jorge, que é amigo dos Schurmann’s e fomos à ilha do Goió. A ilha é muito bonita e o mais engraçado foi que lá um baiacu tentou atacar o pai! Eu penso até agora: “nossa que baiacu valente”! Voltamos ao barco e, a dez metros do barco, pulou um golfinho de uns dois metros com a barriga rosada, tirando seu corpo inteiro fora da água. Rapidamente saquei a máquina e comecei a tirar fotos. Consegui tirar fotos dos golfinhos ao pôr-do-sol e fomos jantar. A noite ficou estrelada e depois do delicioso jantar, fiz o diário.

 

20/07/2006 – Travessia Camamu - Salvador

Quando acordei, o dia ainda estava raiando. Hoje o sol estava nascendo no mar e estava maravilhoso vê-lo nascer. Depois de pouco tempo fui dormir. Acordei com o pai gritando “baleia”! Fui correndo e vi as baleias. Era um casal de baleias-jubarte pretas que estavam perto de um barco de pesca. Depois de um tempo navegando vimos duas baleias cinzas que, em pouco tempo, se afastaram. Ficamos navegando um bom tempo e vimos vários barcos de pesca até que, perto de Salvador, vimos mais um casal de jubartes e elas começaram a se aproximar do barco. A uns vinte metros do barco, as baleias começaram a pular de costas. Por pouco que eu mergulho com elas. Chegamos em Salvador e fomos muito bem recebidos pelo CENAB (Centro Náutico da Bahia), onde tomamos banho e fomos ao Elevador Lacerda e Pelourinho, onde jantamos. Voltamos ao barco e caí no sono.

 

21/07/2006 – CENAB – Mercado Modelo – Cidade Baixa – Memorial da Câmara Municipal de Salvador – Igreja São Francisco – Museu Jorge Amado

Logo que acordei fui pescar com o Jonas no píer. Estávamos pescando algumas iscas para pegar um peroá que tem lá mas, quando pegamos o sexto peixe, o Hamiltom do CENAB disse que não podia pescar, mas que podíamos ficar com os peixes que pescamos. Mas eram tão pequenos que os soltamos e fomos passear. Fomos no Mercado Modelo que tem dois andares só de lojas de artesanato baiano, de comidas baianas e coisas baianas, além de ser gigante o espaço lá. Saímos do mercado e fomos procurar uma tarrafa e uma bomba para a pia. Passamos em umas lojas de pesca e conseguimos os dois. Depois fomos à cidade alta, aonde vimos o Memorial da Câmara, onde mostra vários quadros de governantes da época em que Salvador era a capital, como Dom Pedro I e outros. Também vimos a Igreja São Francisco, que é ma-ra-vi-lho-sa! Ela é cheia de enfeites pintados a ouro e cheia de lindas estátuas de anjos e santos. Depois fomos ao Museu Jorge Amado, que tem fotos do Jorge Amado com pessoas famosas, capas de livros dele e alguns resumos de alguns livros dele. Voltamos ao barco onde tomei uma sopa, fiz o diário e dormi.

 

22/07/2006 – CENAB – Cidade Baixa – Cidade Alta - Museu Jorge Amado

Acordei bem cedo e fiz o diário. Hoje iríamos soldar em alumínio uma rachadura na retranca, que foi feita porque forçamos o burro (parte do barco) na travessia Ilhéus-Camamu. Antes de levar a retranca para consertar, conhecemos o Nelson e sua filha Nádia. Eles têm um barco chamado Salmo 33 e já fizeram uma viagem igual à nossa só que em dois anos. Levamos a retranca de táxi e achamos um lugar onde tem solda em alumínio. O soldador ficou assustado com o tamanho da retranca, mas soldou a rachadura e ainda pintou depois. Colocamos a retranca no mastro e a vela também. Fomos passear e aproveitamos para acabar de ver o Museu Jorge Amado, que é super legal. Passeamos bastante pela ladeira do Pelourinho e pelo Pelourinho até que anoiteceu e voltamos ao barco, onde lemos “Velhos Marinheiros”.

 

23/07/2006 – Mercado Modelo – CENAB – Aeroclube – Casa da Família Hagge

Acordamos cedo e fiz o diário. Hoje o dia estava cheio de nuvens negras e estava chovendo. O banheiro do CENAB estava sem água e aproveitamos para tomar banho de mangueira. Tomei um ótimo banho e o pai começou a fazer uma limpeza geral. Depois da limpeza, eu nunca vi a privada tão limpa (rsrsrs)! Fomos à farmácia, mas estava fechada. Estávamos voltando e encontramos o Alexandre e a Maria Alice (amigos do meu pai) e fomos ao Mercado Modelo onde conversamos. Voltamos ao barco e comemos uma deliciosa lentilha. Conhecemos depois a Adriana, o André, o Vitor e o Marcelo, que tinham falado com o pai pela internet e têm um barco também! Já que estava chovendo, nós fomos ver o “Piratas do Caribe 2”. O filme é muito legal e, depois de jantar com eles três pizzas, voltamos ao barco onde dormi.

 

24/07/2006 – Mercado Modelo - CENAB

Quando acordei, tomei café e fiz o diário. Com a chuva, o tempo limpou e o sol ficou de rachar. Aproveitamos para ir num lugar chamado Mercantil Rodrigues. Ele era muito grande e tinha mais de 11 metros de altura! Voltamos ao CENAB onde esperamos a Lu e a Mô. Foi super legal revê-las e elas nos deram várias coisas como uma linda canga e um barco super legal. Fomos ao Pelourinho onde jantamos, depois voltamos ao barco e dormimos.